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*L4/HUGO QUEIROZ: ATAQUE DOS EUA AO IRÃ ELEVA RISCO E PETRÓLEO PODE CHEGAR A US$ 100 POR BARRIL*
Por Leandro Silveira
São Paulo, 22/06/2025 – A possibilidade de escalada do conflito no Oriente Médio após o ataque dos Estados Unidos ao Irã tende a provocar forte volatilidade nos mercados e provocar um movimento altista sobre o petróleo, que pode chegar aos US$ 100 por barril, segundo avaliação do sócio da L4 Capital, Hugo Queiroz. “O ataque traz um aumento de risco. Toda vez que os agentes percebem um incremento nesse pilar, ele gera volatilidade, porque esse risco representa uma incerteza”, disse o gestor, ao Broadcast.
No curto prazo, o gestor prevê uma mudança de patamar nos preços do petróleo, que já flertam com os US$ 80 por barril. “O barril deve buscar algo entre US$ 90 e US$ 100 novamente. A gente viu o conflito entre Ucrânia e Rússia levando o preço a US$ 120. Pode acontecer algo parecido”, avaliou. Ele lembra que cerca de 20% da produção global passa pelo estreito de Ormuz, o que aumenta os riscos de interrupção da oferta.
Para o sócio da L4 Capital, o cenário-base ainda é de conflito pontual e localizado, com efeitos concentrados no curto prazo. “Na minha leitura, é um conflito de curto prazo. O barril vai continuar em patamar elevado, mas não acredito que vá contaminar o tabuleiro geopolítico global”, afirmou.
Nesse contexto, ele destaca que posições em empresas de óleo e gás tendem a sair ganhando. “Essas empresas devem ter margens boas, geração de caixa sólida e estão com valuations atrativos. São ganhadoras nesse cenário, não só por conta do conflito, mas pela reestruturação da cadeia energética como um todo.”
Queiroz acredita que a reação dos mercados de ações e câmbio ficará à mercê das próximas sinalizações geopolíticas, principalmente se houver um movimento de escalada ou contenção por parte de potências como China e Rússia. “Enquanto não houver uma negativa clara de apoio ao Irã, a volatilidade vai continuar”, afirmou.
Apesar do choque inicial, Queiroz não vê impactos imediatos sobre as trajetórias de política monetária dos principais bancos centrais. “Não vejo nem o Fed nem outros bancos centrais mudando sua política por conta de choques. Isso só deve ocorrer se o conflito for prolongado e tiver efeitos sobre o crescimento global”, explicou. Segundo ele, nesse caso, cortes de juros poderiam até ocorrer no primeiro momento, mas seguidos de revisões negativas nas expectativas de lucros e crescimento, prejudicando os ativos de risco no médio prazo.
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